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Mostrando postagens de março, 2020

Transtornos que identificam a pessoa como sendo portadora de faculdades mediúnicas

*trecho retirado do livro Casa de Axé, de Daisy Mutti e Lizete Chaves Quando a mediunidade começa a desabrochar, se desprende do complexo energético do médium uma irradiação fluídico-nervosa de certo brilho. Essa irradiação atrai espíritos desencarnados em desequilíbrio em diversos graus, como sofredores que se sentem aconchegados, confortados e aliviados de suas dores; desencarnados que não percebem a nova condição e estão tão densos que procuram alimentos ou vícios do plano físico e se grudam nos encarnados, e ainda aqueles que ficam agarrados ao medianeiro neófito por sintonia de pensamentos e sentimentos e ficam a seu lado até o momento em que a pessoa solicita ajuda em uma casa espiritualista. E todas essas sensações de agonia, sofrimento ou ira são captadas pelo indivíduo, deixando-o em total perturbação. Para alcançar o equilíbrio, deverá passar por uma sequência de ­passes, estudo sobre temas espiritualistas e labor espiritual. Com esse procedimento, o indivíduo contribui pa...

Animismo em médiuns umbandistas.

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O fenômeno anímico designa a intervenção da própria personalidade do médium nas comunicações, colocando algo de si mesmo nas mensagens transmitidas do plano extrafísico.  Quando médium e entidade têm afinidade, por laços intelectuais, morais e de caráter, mais fáceis, afinadas e fiéis serão as comunicações.  O modo de viver do médium e suas atitudes diárias influenciam definitivamente na qualidade da transmissão das mensagens, seja para o bem ou para o mal. Por isso, a Umbanda  chama a atenção de seus adeptos para a necessidade da reforma interna.  Para o médium iniciante, mas também para aqueles que já estão na caminhada mediúnica, aconselhamos a não se questionarem sobre serem ou não anímicos, porque o animismo está contido na manifestação. Todos os médiuns passam por um período de insegurança, e ­somente o tempo de trabalho e parceria no mediunismo fará com que adquiram confiança em suas faculdades.  Assim, durante a incorporação, é preciso...

O que é animismo?

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*trecho retirado do livro Casa de Axé, de Daisy Mutti e Lizete Chaves A palavra animismo vem do latim animus, que significa “alma, vida”. O animismo faz parte do ­contexto da mediunidade; é a manifestação da alma do médium nas comunicações dos desencarnados. O papel do médium é ser o intermediário entre os mundos físico e extrafísico; entretanto, essa intermediação não é passiva ou sem ação, como se o medianeiro fosse um objeto que somente transmite aquilo que recebe, por mais que o médium queira ou tente ser. Bem ao contrário, ele é um ser pensante, dotado de livre-arbítrio, inteligência e moral, possui uma história com derrotas, vitórias e conhecimentos que adquiriu ao longo de sua existência. A todos esses fatores, e outros mais, o médium, naturalmente, ao receber uma mensagem do Além, seja na forma de psicografia ou psicofonia, acaba “retocando”, ou seja, colocando um pouco de si. O que seria “colocar um pouco de si”? Não há fenômeno puramente mediúnico, dado ter...

Incorporar em casa, pode?

*trecho retirado do livro Casa de Axé, de Daisy Mutti e Lizete Chaves O terreiro ou casa espiritualista está preparado pela Espiritualidade Maior para a tarefa de caridade e para conter toda demanda que chega dos consulentes. Possui as tronqueiras, que são potentes campos de forças que guarnecem o espaço físico e etérico de terreiro, onde os Exus se apoiam para realizar seu trabalho junto aos médiuns. Esses campos de forças funcionam como barreiras eletromagnéticas protegendo e recolhendo os desencarnados que chegam acompanhando os encarnados. Podemos dizer que a tronqueira, juntamente com a Casa das Almas ou Cruzeiro das Almas, é um posto de triagem espiritual que encaminha os desencarnados para os devidos locais de merecimento. Outro assentamento é o congá, ponto de força que tem como função aglutinar, potencializar, atrair, distribuir, condensar e escoar todas as energias negativas e positivas que chegam ao terreiro através dos consulentes e dos médiuns. É neste assentament...

O que é mediunidade?

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*trecho retirado do livro Casa de Axé, de Daisy Mutti e Lizete Chaves Mediunidade é o nome atribuído à capacidade humana que permite a comunicação entre encarnados e desencarnados. Essa faculdade se manifesta em todos os indivíduos de forma mais ou menos intensa, independente de religião, raça ou sexo. Por ser intrínseca ao ser, ela se manifesta em qualquer lugar ou hora. O termo médium é usado para aquela pessoa que possui uma sensibilidade especial ou mais intensa, tornando-se canal de comunicação entre o mundo físico e o extrafísico. Quais são os tipos de mediunidade? Os tipos mais comuns de mediunidade são os fenômenos de efeitos materiais ou físicos que sensibilizam diretamente os órgãos dos sentidos dos observadores. Podem se apresentar sob várias formas, tais como:  – materialização: de objetos, de espíritos;  – transfiguração: modificação dos traços fisionômicos do próprio médium; – levitação: erguimento de objetos e/ou pessoas, contrariando a lei ...

Oferendas realizadas nos terreiros de Umbanda.

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*trecho retirado do livro Casa de Axé, de Daisy Mutti e Lizete Chaves As oferendas realizadas pelo zelador ou dirigente do terreiro de Umbanda  são uma forma de catalisar e movimentar o axé. O axé é o fluido cósmico universal que a tudo interpenetra provindo do hálito mantenedor do Criador. Nas oferendas o axé é transmitido, revitalizado, renovado, expandido por meio de elementos materiais ou de certas substâncias que farão o papel de condensadores energéticos. Uma vez transferido o axé para os elementos da natureza que compõem a oferenda, o axé será potencializado pelos guias espirituais que conjugam outros fluidos etéreo-astrais necessários à corrente mediúnica ou particularmente a um médium, renovando seu poder de realização, em outras palavras, o fortalecimento de seu Ori. Toda oferenda, ebó ou outro tipo de trabalho espiritual é firmado por invocações mentais ou mantras, que são comandos verbais e têm como objetivo fazer a ligação da dimensão física com o plano ...

A música religiosa - PARTE II

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*trecho retirado do livro A música na Umbanda, de Sandro Mattos. As palavras são formadas pela combinação das letras, criando um som próprio, portanto, como vimos anteriormente, vibram e geram energia. Devemos lembrar que antes de serem pronunciadas, as palavras foram, antecipadamente, criadas em nosso cérebro, gerando, obviamente, um pensamento. Este é plasmado na parte etérea dos seres (formas-pensamento), assim, quando várias pessoas estão voltadas ao mesmo foco, essa energia, também conhecida como egrégora, se forma no ambiente. Por essa razão, para que o som (ou, de uma forma mais complexa, a música) nos traga boas vibrações, precisa ser utilizado com critério. Numa gira espiritual umbandista, em que as pessoas estão cantando para os caboclos de Oxóssi, por exemplo, observe que as letras nos dizem coisas a respeito das matas, das aves, da natureza, do ambiente natural desse Orixá, portanto do âmbito vibracional dessas entidades. O que acontece? Nosso pensamento acom...

A música religiosa - PARTE I

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*trecho retirado do livro A música na Umbanda, de Sandro Mattos. A música é utilizada desde os tempos mais remotos como uma forma de contato entre nós, seres humanos, e a divindade, tanto que na própria Bíblia existem muitas passagens que nos mostram isso. Aliás, embora não se possa afirmar que o Homem primitivo se valia desse artifício como elemento religioso, pesquisadores da Universidade de Tübingen encontraram flautas feitas com ossos construídas no período Paleolítico médio (cerca de 35 a 40 mil anos atrás).  Quando utilizamos uma música para fins religiosos, temos como principal objetivo facilitar o contato entre nós e as esferas do astral. Esta é conhecida como música sacra. Embora esse termo tenha ficado mais conhecido pela música erudita característica da tradição judaico-cristã, outros segmentos religiosos também possuem composições usadas como arte para a transcendência espiritual. Das flautas e harpas egípcias, passando por tablas indianas, chocalh...

Você é umbandista?

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Você diz que é umbandista quando perguntado qual é a sua religião? Você casaria (ou casou) numa tenda de Umbanda, independente da vontade da sua família? Você batizaria (ou batizou) seus filhos na Umbanda? Você seria capaz de sair de branco, numa passeata ou procissão em louvor aos Orixás? Você respeita a natureza, enquanto Reinos Divinos dos Orixás? Você acha que praticar a caridade não se resume em incorporar seus guias no terreiro? Em suas orações, além de pedir por sua família, pede também a Deus para abrandar os corações humanos? Você desistiria de um passeio, viagem ou festa para não faltar a um trabalho normal do terreiro? Você gosta de adquirir novos conhecimentos sobre mediunidade e Umbanda, absorvendo principalmente através das palavras dos Guias e Mentores, do seu dirigente espiritual e também filtrando os textos dos diversos livros sobre os temas? Se você disse mais NÃO do que SIM, preste atenção!!!! VOCÊ AINDA NÃO É UM UMBANDISTA. Mas pode ...

Eu visto branco!

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Eu visto branco, sou umbandista, tenho fé nos Orixás,  Guias e Mentores de Luz! Toco atabaque consagrado, canto ponto, gosto do cheiro da defumação, tomo passe e nergético. Pratico a caridade pregada pelos grandes mestres, especialmente a ensinada por aquele que consideramos, se não o maior, um dos maiores espíritos que encarnou neste orbe, o chamado Médium dos Médiuns: Jesus Cristo, o nosso amado Pai Oxalá! Ensino, aprendo, troco experiências, levo sempre que posso uma palavra amiga. Sigo os ensinamentos dos Pretos-Velhos, dos Caboclos, das Crianças, dos Exus, dos Boiadeiros, Baianos, Falangeiros de Xangô, Ogum, das Iabás, enfim, de toda essa gama de irmãos e pais espirituais que nos indicam o caminho do amor, da luz, da benção divina. Sou um ser humano na busca da evolução espiritual. Sou um filho de fé e você! Todos unidos contra a intolerância religiosa!  Por Sandro Mattos Fonte Blog da APEU: http://apeuumbanda.blogspot.com  

As ervas e as folhas na Umbanda.

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*trecho retirado do livro CARTILHA DO MÉDIUM UMBANDISTA, de Norberto Peixoto. As ervas e as folhas na Umbanda são indispensáveis. Se, na Umbanda, nada se faz sem exu, sem folha não há Orixá. É de suma importância a utilização do axé verde – prana vegetal – nos rituais ­umbandistas e não existe um terreiro que o dispense. Mas, afinal, o que fazem as folhas? O que faz o fluido vital das plantas, notadamente os ­contidos nas folhas, que são objeto de maior uso litúrgico nos terreiros, ser dinamizado numa espécie de expansão energética (explosão) e, a partir daí, adquirir um direcionamento, cumprindo uma ação ­esperada, são as palavras de encantamento, o verbo atuante associado à força mental e à vontade do médium sacerdote oficiante do rito, ­perfazendo, assim, uma encantação pronunciada. Necessariamente, o princípio ativo fármaco da folha não será o mesmo da intenção magística que realizou o encantamento, em seu correspondente corpo etéreo. Existem associações de m...

A defumação na Umbanda.

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*trecho retirado do livro CARTILHA DO MÉDIUM UMBANDISTA, de Norberto Peixoto. A defumação é uma ritualização presente em várias religiões, como o budismo, o judaísmo e o catolicismo, entre outras. Na Umbanda, assume finalidades não só de dispersão de fluidos no plano físico, pois os fundamentos da queima das ervas são para sua eterização, fazendo com que os princípios químicos contidos nelas tenham alcance no Plano Astral e nas entidades em tratamento. Tal procedimento deve ser bem observado e adequadamente preparado. Os efeitos da defumação, como a higienização das auras dos presentes e do astral do ambiente, objetivam sempre a harmonização do ­ambiente e a elevação do tônus psíquico dos presentes. Não ­utilizamos a queima de ervas para machucar espíritos, espantá-los ou fazer-lhes qualquer dano. Não se devem utilizar ervas compradas em comércio com resinas químicas derivadas de petróleo. Além de não terem poder magístico, não são recomendadas para a saúde, podend...

Funções do congá no terreiro.

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*trecho retirado do livro CARTILHA DO MÉDIUM UMBANDISTA, de Norberto Peixoto. O congá é um altar ritualístico, onde ficam os símbolos, os elementos de irradiação, as imagens etc. É o ponto de força de maior atração e irradiação do terreiro, que também é um tipo de assentamento vibratório. Por sua importância, vamos elucidar os fundamentos e as funções de um congá. É o mais potente aglutinador de forças dentro do terreiro: é atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos de energias e magnetismo. Existe um processo de constante renovação de axé que emana do congá, como núcleo centralizador de todo o trabalho na Umbanda. Cada vez que um consulente chega à sua frente e vibra em fé, amor, gratidão e confiança, renovam-se naturalmente os planos espiritual e físico, numa junção que sustenta toda a consagração dos Orixás na Terra, na área física do templo. Vamos descrever as funções do congá: • Atrator: atrai os pensamentos ...

Os pré-requisitos para aplicar um ritual de iniciação

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*trecho retirado do livro CARTILHA DO MÉDIUM UMBANDISTA, de Norberto Peixoto. Os pré-requisitos que o dirigente umbandista precisa observar para aplicar um ritual de iniciação – em verdade, não iniciamos ninguém e cada um inicia a si mesmo – são os seguintes: bom caráter, paciência com os irmãos de corrente, sentimento de pertença à comunidade, bondade e amor incondicionais, comprometimento com a caridade, respeito, ser verdadeiro e não “mascarado”, dissimulando e omitindo seus reais interesses, ser justo e sincero. Nunca devemos apressar o ciclo mínimo de sete anos para despertar esses valores tão necessários e importantes para a formação de um verdadeiro médium “Filho de Pemba”. Um dos maiores fatores que devem nortear um dirigente umbandista para o cumprimento da finalização de um ciclo de sete anos de iniciação na Umbanda, no caso específico do Grupo de Umbanda ­Triângulo da Fraternidade, que tem forte ênfase na religiosidade com os Orixás, é a humildade, observada clar...

Mas, afinal, o que é uma incorporação?

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*trecho retirado do livro CARTILHA DO MÉDIUM UMBANDISTA, de Norberto Peixoto. É a “posse”, por parte da entidade comunicante, do aparelho psicomotor do médium, o que se dá pelo afastamento de seu corpo astral e pela completa apropriação de seu corpo etéreo pelo corpo astral do guia ou protetor espiritual. Assim, o invólucro material do médium fica cedido para a atividade mental do preto velho, do caboclo etc., que poderão manifestar-se à vontade, como se encarnados fossem. É muito rara a inconsciência total nessa forma de manifestação. O mais comum, na mecânica de incorporação, é uma espécie de sonolência letárgica em que o aparelho mediúnico fica imobilizado em seu poder mental e, consequentemente, na parte motora, tendo, no entanto, semiconsciência de tudo o que ocorre, havendo considerável rememoração após o transe. O guia ou protetor espiritual não “entra” no corpo do médium, como muitos pensam. O que ocorre é um afastamento do corpo etéreo, sendo esse, sim, tornado como s...

O medo da mediunidade de ­incorporação.

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*trecho retirado do livro CARTILHA DO MÉDIUM UMBANDISTA, de Norberto Peixoto. O medo do transe ritual no terreiro é um dos maiores entraves para todo iniciante. A catarse que os estados alterados de consciência causam, a necessária entrega e a passividade psíquica exigida deverão ser conquistadas, escoimando-se os preconceitos que as seguem. O receio de perder o controle de si mesmo, aliado à demonização das religiões mediúnicas existente no inconsciente coletivo, deve ser esclarecido e confrontado objetivamente, pois, no imaginário popular, significa que a manifestação mediúnica é uma coisa “ruim”, acompanhada de uma espécie de “apagão” – anestesia geral –, bloqueando os sentidos (audição, visão, tato, olfato e paladar). Há que esclarecer abertamente, sem deixar dúvidas: a perda da consciência não mais ocorre. Existe, sim, uma alteração psicomotora, cognitiva e mental, com os sentidos psíquicos alterados, mas ainda conscientes, de que os espíritos benfeitores se utiliza...

O médium iniciante na Umbanda - PARTE II

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*trecho retirado do livro CARTILHA DO MÉDIUM UMBANDISTA, de Norberto Peixoto. Há que se considerar que os espíritos também estão evoluindo, e as tarefas a serem executadas no mediunismo de terreiro ­umbandista, adredemente combinadas no Plano Astral antes de o medianeiro reencarnar, servem de instrumento ao Plano de Vida de todos os envolvidos, em conformidade com os laços cármicos que os unem e, fundamentalmente, com o destino que cada consciência aceitou ­seguir para seu próprio melhoramento íntimo. O Plano de Vida ou destino do médium é previamente traçado antes de sua encarnação, e a “Administração Divina” jamais elabora programas absurdos, injustos ou impossíveis. Há de viver e cumprir seu destino, que é o resultado específico da soma das virtudes e dos vícios perpetrados em suas encarnações anteriores. Tudo é examinado e programado, de modo a favorecer o encarnante quanto a sua vida atual no corpo físico. A mediunidade é ferramenta para potencializar suas vivências transitór...

O médium iniciante na Umbanda - Parte I

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*trecho retirado do livro CARTILHA DO MÉDIUM UMBANDISTA, de Norberto Peixoto. A Umbanda não é uma religião de conversão, que busca cooptar adeptos para sua doutrina. É impossível encontrarmos uma genuína entidade que faça parte do movimento umbandista no Plano Astral dizer que esta ou aquela religião é a mais verdadeira, muito menos­ ­exigir que se deva entrar numa determinada confissão religiosa, culto, igreja, doutrina ou seita. O caráter respeitoso se encontra em todos os terreiros e podemos verificar isso na assistência à diversidade e à ­mistura, com todos juntos, sentados lado a lado, democraticamente. A premissa de abordagem religiosa umbandista parte do pressuposto de aceitação incondicional da fé do consulente, daí direcionando-o à compreensão das leis cósmicas, que valem para todas as religiões da Terra. O trânsito inter-religioso no universo dos terreiros é intenso. Muitos saberes circulam desde a assistência, a parte de fora, até os médiuns incorporados com seus gu...