Incorporar em casa, pode?
*trecho retirado do livro Casa de Axé, de Daisy Mutti e Lizete Chaves
O terreiro ou casa espiritualista está preparado pela Espiritualidade Maior para a tarefa de caridade e para conter toda demanda que chega dos consulentes. Possui as tronqueiras, que são potentes campos de forças que guarnecem o espaço físico e etérico de terreiro, onde os Exus se apoiam para realizar seu trabalho junto aos médiuns. Esses campos de forças funcionam como barreiras eletromagnéticas protegendo e recolhendo os desencarnados que chegam acompanhando os encarnados. Podemos dizer que a tronqueira, juntamente com a Casa das Almas ou Cruzeiro das Almas, é um posto de triagem espiritual que encaminha os desencarnados para os devidos locais de merecimento.
Outro assentamento é o congá, ponto de força que tem como função aglutinar, potencializar, atrair, distribuir, condensar e escoar todas as energias negativas e positivas que chegam ao terreiro através dos consulentes e dos médiuns. É neste assentamento vibratório que as entidades guias se apoiam e se rebaixam vibratoriamente para se acostar em seus médiuns e realizar a caridade.
Diferente do terreiro, uma residência não possui pontos de forças, talvez um pequeno oratório, porém este altar não tem a função do congá de um terreiro. Por ser um ambiente profano e que não está preparado espiritualmente para a lide mediúnica, torna-se nocivo para as pessoas que lá vivem praticar o intercâmbio mediúnico. Não há um rito que discipline a manifestação. Não há organização e amparo legítimo de uma egrégora; assim, qualquer espírito poderá se apropriar do mediador imprudente utilizando indevidamente o nome de uma entidade de Umbanda, enganando a todos. Com o tempo, este lar ficará vibrado em energias doentias e seus moradores com diversos graus de transtornos psíquico-emocionais, consequência do intercâmbio com espíritos de baixa vibração.
Comentários
Postar um comentário