O médium iniciante na Umbanda - PARTE II

*trecho retirado do livro CARTILHA DO MÉDIUM UMBANDISTA, de Norberto Peixoto.

Há que se considerar que os espíritos também estão evoluindo, e as tarefas a serem executadas no mediunismo de terreiro ­umbandista, adredemente combinadas no Plano Astral antes de o medianeiro reencarnar, servem de instrumento ao Plano de Vida de todos os envolvidos, em conformidade com os laços cármicos que os unem e, fundamentalmente, com o destino que cada consciência aceitou ­seguir para seu próprio melhoramento íntimo.
O Plano de Vida ou destino do médium é previamente traçado antes de sua encarnação, e a “Administração Divina” jamais elabora programas absurdos, injustos ou impossíveis. Há de viver e cumprir seu destino, que é o resultado específico da soma das virtudes e dos vícios perpetrados em suas encarnações anteriores. Tudo é examinado e programado, de modo a favorecer o encarnante quanto a sua vida atual no corpo físico. A mediunidade é ferramenta para potencializar suas vivências transitórias na materialidade em conformidade com um esquema retificativo necessário para saldar seu carma passado.



Assim, a adesão de um novo médium a uma corrente mediúnica constituída, ativa e fazendo a caridade sob a égide da Lei de Pemba, é um importante e crucial passo no sentido de evolução anímica e, consequentemente, espiritual. O Guia-Chefe do terreiro, ao aquiescer à entrada do iniciando na comunidade de axé, sabe dos compromissos de todos os envolvidos e “torce” para que o aprendiz seja ­bem-sucedido.

Ora, como estamos na Terra, muitos fatores contribuem para que o aspirante a médium seja derrotado, tirado do caminho que pretende seguir, vinculando-se a uma corrente. Questões metafísicas espirituais, desafetos do passado que se rebelam, fraquezas morais que ainda precisam ser sublimadas, familiares de outras confissões religiosas que se opõem, dificuldades financeiras, assédios diversos tanto de encarnados como de desencarnados, aliados à própria ignorância do ­pretendente a médium, contribuem para que ele desista de sua ­intenção de permanecer vinculado à corrente.

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