Funções do congá no terreiro.

*trecho retirado do livro CARTILHA DO MÉDIUM UMBANDISTA, de Norberto Peixoto.

O congá é um altar ritualístico, onde ficam os símbolos, os elementos de irradiação, as imagens etc. É o ponto de força de maior atração e irradiação do terreiro, que também é um tipo de assentamento vibratório. Por sua importância, vamos elucidar os fundamentos e as funções de um congá. É o mais potente aglutinador de forças dentro do terreiro: é atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos de energias e magnetismo. Existe um processo de constante renovação de axé que emana do congá, como núcleo centralizador de todo o trabalho na Umbanda. Cada vez que um consulente chega à sua frente e vibra em fé, amor, gratidão e confiança, renovam-se naturalmente os planos espiritual e físico, numa junção que sustenta toda a consagração dos Orixás na Terra, na área física do templo.
Vamos descrever as funções do congá:




• Atrator: atrai os pensamentos que estão à sua volta num amplo magnetismo de recepção das ondas mentais emitidas. Quanto mais as imagens e elementos dispostos no altar forem harmoniosos com o Orixá regente do terreiro, mais é intensa essa atração. Congá com excessos de objetos dispersa suas forças.
• Condensador: condensa as ondas mentais que se “­amontoam” ao seu redor, decorrentes da emanação psíquica dos presentes: ­palestras, adoração, consultas etc.
• Escoador: se o consulente ainda tiver formas-pensamentos negativas, ao chegar à frente do congá, elas serão descarregadas para a terra, passando por ele (o congá) em potente influxo, como se ­fosse um para-raios.
• Expansor: expande as ondas mentais positivas dos ­presentes; associadas aos pensamentos dos guias que as potencializam, são devolvidas para toda a assistência num processo de fluxo e refluxo constante.
• Transformador: funciona como uma verdadeira usina de ­reciclagem de lixo astral, devolvendo-o para a terra.
• Alimentador: é o sustentador vibratório de todo o trabalho mediúnico, pois junto dele fixam-se no Astral os mentores dos ­trabalhos que não incorporam.


Todo o trabalho na Umbanda gira em torno do congá. A manutenção da disciplina, do silêncio, do respeito, da hierarquia e do combate à fofoca e aos melindres deve ser uma constante dos ­zeladores (dirigentes). Nada adianta um congá todo enfeitado, com excelentes materiais, se a harmonia do corpo mediúnico estiver destroçada; é como tocar um violão com as cordas arrebentadas.


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